domingo, 16 de setembro de 2012

Abraço

   O sol se fazia no centro da imensidão azul. Seus raios vinham forte, cegando quem se atravesse a olhar para cima. Estávamos eu e uma amiga deitados na beira da praia, onde a areia era fina e quente, assim como tudo ao redor. Pessoas bonitas passavam de um lado a outro enquanto falavam uma bobagem qualquer e a alegria exalava de todos os cantos, não dando lugar para qualquer resquício de tristeza. Aves gritavam e cantavam ao longe.
   Ergui a cabeça e vi um grupo de amigos se aproximando. No meio a tantos rostos desconhecidos, algum especial. De forma totalmente inesperada, vi alguém que considero tanto. Me levantei e fiquei fitando-os com o objetivo de ser visto. Seus olhos vieram de encontro aos meus e seu rosto tornou a se voltar para frente, me ignorando. Como se tivesse levado um murro, fiquei com uma expressão de decepção. Tornei a fitá-los quando, de forma súbita, seu corpo se voltou ao meu com um sorriso que se desenhava como com o objetivo de mostrar todos os seus dentes perfeitos. Correndo, veio até mim e me abraçou apertado, erguendo-me do chão. Olhamo-nos nos olhos e encostamos as testas, uma na outra. Com os dedos entrelaçados, caminhamos de encontro ao horizonte.


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